Legião de Maria vai além de sua missão evangelizadora e arrecada fundos para reforma da Capela do Bom Jesus

Legião de Maria vai além de sua missão evangelizadora e arrecada fundos para reforma da Capela do Bom Jesus

Publicado em: 26 abr, 2018 às 11:29

A reforma da Capela do Bom Jesus de Palmeira, reinaugurada no último sábado, não seria possível sem a dedicação da Legião de Maria.

De acordo com Gleicimar Canteri, legionária há 24 anos, a iniciativa surgiu após o grupo contribuir na restauração da capela do Hospital Santa Casa. Após o mutirão realizado, a Legião aceitou o desafio de angariar fundos para as obras na Capela do Bom Jesus.

A presidente destacou que o papel da Legião de Maria é colaborar com a missão evangelizadora. Sendo um espaço reservado para atos religiosos, como terços, novenas e missas e assim ser fermento na comunidade atraindo mais pessoas para a evangelização.

No entanto, com essa proposta, a ação do grupo foi além. “A Legião teve algumas reuniões com o Instituto Histórico e Geográfico de Palmeira. O Instituto acabou conversando com o prefeito e foi abordado de que o município não poderia arcar sozinho. Então pelo fato de a capela não pertencer nem para o município e nem para a igreja, foi decidido após muitas conversas de que eles poderiam ajudar com material, mas que a mão de obra ficaria a cargo da legião de Maria. Agora é uma situação difícil porque a missão da Legião de Maria é evangelizar. Mas de onde nós teríamos que tirar esse recurso se a igreja e a comunidade estavam comprometidas com o processo de restauração da Matriz, que é caro?Mas nós decidimos abraçar essa causa, e para ter esse dinheiro e esse recurso, tivemos que enfrentar e fazer essas ações, como bazares e rifas”, explicou Canteri.

A legionária informou que além de bazares e rifas, doações anônimas foram feitas para em prol do restauro. Haverá prestação de contas em relação aos recursos arrecadados.

Com a reinauguração do espaço situado na Praça Getúlio Vargas, a próxima etapa diz respeito à finalização do altar da capela, trabalho iniciado pelo senhor Jacinto Mayer. Um artesão morador da localidade de Poço Grande em parceria com Saulo Mayer serão os responsáveis pela finalização desta obra.

Para a conclusão do altar da capela é necessário que a etapa esteja em conformidade com processo de editais da Prefeitura.

Outra iniciativa da Legião de Maria é a construção de um jardim planejado, nos fundos da capela, local que funcionava como cemitério. Para essas obras, novas campanhas, como rifas, por exemplo, serão realizadas pelas legionárias.

Gleicimar também comentou sobre a utilização da Capela do Bom Jesus. Ela ressaltou a importância da utilização do espaço. Neste sábado, acontece uma reunião entre as legionárias, em que o assunto será abordado. “Até tem poucas pessoas atuando aqui na Matriz como membro ativo, mas assim mesmo em termos da cidade, vamos abrir também para outros praesidium, para que não seja só seja Matriz responsável pelos terços. Mas isso vai depender de uma reunião que teremos. A minha ideia é de que, por exemplo, cada semana um bairro coordene a utilização do espaço. Então o pároco sugeriu, o, por exemplo, o terço dos homens. Por isso estamos estudando e será levado em pauta na reunião, pois nós temos que abrir a capela”, adiantou Canteri.

Ao falar sobre o resultado final, Gleicimar reforçou a importância da do espaço santo. Para a legionária torna-se gratificante poder contribuir com o resgate histórico e espiritual do local. “Eu acredito que todo o projeto que tem Deus a frente, quando Ele quer acontece. Eu fui apenas instrumento. Eu acho gratificante porque as pessoas lembram que participaram na capela com sua mãe, avó, que iam na sua infância, participaram de grupo de jovens, que frequentavam ali. E depois ficou um espaço bonito na praça também, para lazer das famílias, além do resgate da espiritualidade no local”, finalizou a presidente ao demonstrar satisfação pelo trabalho realizado.

A Capela do Bom Jesus foi construída há 182 anos através da doação da terra por Domingos Ignácio de Araújo e arrecadações pela comunidade da época. O local é considerado o primeiro templo religioso a ser edificado em Palmeira.

Foto:Elder Scolimoski