Polícia prende o principal articulador contra ataque a carros-fortes e bancos na região, inclusive de Palmeira

Polícia prende o principal articulador contra ataque a carros-fortes e bancos na região, inclusive de Palmeira

Publicado em: 28 mar, 2018 às 9:41

Um dos suspeitos na organização dos assaltos a bancos e carros-fortes que ocorreram no Paraná, entre eles, a explosão as três agências bancárias de Palmeira, no último dia 2 de março, foi preso nesta segunda (26)pelo Centro de Operações Policiais Especiais (Cope)  da Polícia Civil.

De acordo com informações da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SESP)  Celio Afonso da Silva, de 42 anos, conhecido como Coelho e integra uma facção que atua dentro e fora dos presídios. Os ataques serviam também para financiar as ações dos criminosos.

Coelho é suspeito de participar do planejamento e execução do roubo aos cinco carros-fortes, que resultou na morte de quatro pessoas, entre elas um assaltante, em 6 de fevereiro em Witmarsum. Além das explosões a bancos em Palmeira e Pitanga. O delegado-chefe do Cope, Rodrigo Brown comentou o trabalho das equipes policiais na identificação desses crimes que espantaram  pelo nível de brutalidade. “Tivemos este ano uma nova onda de ataques a bancos e carros-fortes, o que levou a um esforço concentrado da Polícia Civil, Polícia Militar, Departamento de Inteligência e de outras agências de segurança para identificar e cessar esse tipo de crime que vinha chocando a sociedade pela violência e ousadia das ações”, explicou Brown.

Investigações na busca por CoelhoNo início do ano, cinco moradores foram feitos de reféns na explosão de um caixa eletrônico em Guaraqueçaba, litoral do Paraná. Houve troca de tiros com a Polícia Militar, o grupo tentou fugir com uma lancha e com a ambulância da cidade, porém acabou utilizando o carro de um morador. No local, Silva perdeu um celular, que ajudou a guiar o trabalho policial.

Em uma abordagem da Polícia Militar, Coelho fugiu mais uma vez. No entanto sua esposa foi presa com várias munições e um celular. Durante a perícia no aparelho, foram encontradas imagens dele manuseando um fuzil .50, que foi apreendido no ataque aos carros-fortes na BR-376.

Na sexta-feira (23), cinco suspeitos foram presos nas cidades de Curitiba e Almirante Tamandaré, Região Metropolitana da Capital.  Ainda de acordo com a SESP, o grupo traficava drogas, cometiam outros crimes e teriam ligação com Silva, que foi encontrado em São José dos Pinhais, onde estava escondido.

Silva responde a mais de 30 processosAlém de possuir dois mandados de prisão em aberto e condenações que chegam a 34 anos de prisão, Silva responde ainda a mais de 30 processos por tráfico de drogas, associação para o tráfico, homicídio, roubo, organização criminosa, porte ilegal de arma de fogo e uso de documentos falsos.

Ele já foi reconhecido como um dos integrantes de um assalto em Balsa Nova, no qual a família do gerente de um banco foi sequestrada, e uma tentativa de assalto a banco em Ortigueira, ambos em 2017. Desde 2007, ele já foi preso quatro vezes, uma das últimas pelo Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (Tigre), da Polícia Civil do Paraná, pelo sequestro do gerente de um banco em Matinhos.

Em janeiro de 2017, Celio Afonso da Silva foi um dos presos arrebatados, após a explosão do muro da Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP), e passou a trabalhar fortemente em assaltos.

Corpo retirado de túmulo em CuritibaAlém de integrar a quadrilha que está sendo apontada pela polícia como a principal quadrilha de assaltos a bancos e carros-fortes no Paraná, ele também atuava no tráfico de drogas na cidade. Por uma disputa por pontos de venda de entorpecentes, ele teria participado da execução de dois homens no início deste mês, na Vila Bracatinga, bairro Pilarzinho em Curitiba.

Eles foram assassinados com um fuzil Ak-47. (colocar link anterior) Após o enterro, um dos mortos, Misael Teodoro da Luz, teve o corpo retirado do túmulo, arrastado nu e jogado do outro lado do muro no Cemitério do Boqueirão. A intenção, de acordo com a polícia, era expor o corpo no Pilarzinho, e então mostrar poder perante as outras quadrilhas.  Brown afirmou que as investigações continuam. “Esperamos trazer tranquilidade para a população e que cessem as ações criminosas desta quadrilha. Vamos continuar as investigações para apreender mais armas e identificar outros bandidos envolvidos”, explicou o delegado-chefe do Cope.

Fotos: Márcio Barros