Veterinário da ADAPAR confirma quatro casos de raiva bovina no município

Veterinário da ADAPAR confirma quatro casos de raiva bovina no município

Publicado em: 11 mar, 2020 às 13:56

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (ADAPAR) de Palmeira confirmou quatro casos de raiva bovina na Colônia Quero Quero, sendo três na última semana e o outro no fim do ano passado.
Rafael Sousa Bernabé, veterinário da ADAPAR no município alerta para os sintomas no animal. “A raiva é uma doença que dá sinais neurológicos, então o animal se isola, fica com o andar cambaleante, muitas vezes paralisia de membro, descadeiramento, salivação excessiva (sialorreia), às vezes dificuldade de defecar e tremor, quando o animal fica caído trêmulo”.
Os morcegos hematófagos são os responsáveis pela transmissão da raiva. “Não existe transmissão de animal para animal. Até porque um animal doente não vai conseguir se locomover e não vai conseguir transmitir essa doença para outro”, explicou o veterinário.
A única forma de prevenção contra a doença é a vacinação que deve ser aplicada no animal acima de 3 meses, com a segunda dose após 30 dias. Rafael lembra que a raiva não tem cura e pode atingir também seres humanos. “A doença não tem cura, tanto para o animal como para o ser humano. A transmissão para o ser humano é através do contato do homem com este animal doente, com a saliva deste animal. Então se tiver um caso na propriedade, a primeira coisa que ele tem que fazer é evitar o contato com este animal e comunicar a ADAPAR para que possamos verificar se realmente é raiva, isolar o animal e acompanhar ele até a morte”, destacou o profissional.
O veterinário contou que alguns produtores não avisam a ADAPAR sobre casos suspeitos, com receio de que o órgão irá interditar a propriedade ou algo do gênero. “Nós apenas isolamos o animal e acompanhamos ele até a morte para colher o cérebro dele para diagnóstico. Por isso essa comunicação é de grande importância para ADAPAR, porque se não soubermos do caso, pode ser que algum produtor teve contato com a saliva daquele animal e ficou sem diagnóstico e o risco dele contrair esta doença que não tem cura é muito grande”, disse Bernabé.

Foto: Arquivo Rádio Ipiranga/Bruna Camargo