Começa o novo período de monitoramento da dengue no Paraná

Começa o novo período de monitoramento da dengue no Paraná

Publicado em: 12 ago, 2020 às 14:37

A Secretaria da Saúde do Paraná divulgou nesta terça-feira (11) o primeiro boletim do novo período sazonal da dengue no Estado. O monitoramento terá sequência até julho de 2021, com dados notificados pelos municípios, acompanhados pelas Regionais de Saúde e analisados e publicados pela Coordenadoria de Vigilância Ambiental, vinculada à Diretoria de Atenção e Vigilância em Saúde.
O informe inicia o período com 79 novos casos confirmados, em 29 municípios. São 484 notificações e 350 casos em investigação.
“Mesmo diante da pandemia da Covid-19 não podemos nos descuidar da dengue, que se mantém como uma das maiores preocupações do Governo do Estado. Nossa mobilização para combater a proliferação do mosquito transmissor da doença é permanente, com apoio às ações em todos os municípios”, afirma o secretário da Saúde Beto Preto.
“O mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, se prolifera inclusive no inverno, por isso a recomendação de eliminação dos criadouros é válida para o ano todo. A dengue mata, mas pode ser evitada com a adoção sistemática da remoção dos focos”, explica o secretário.
O mosquito Aedes aegypti foi introduzido no País no período de colonização do Brasil, vindo da África. Os registros indicam que os primeiros relatos de dengue ocorreram em Curitiba no século 19. Porém, foi outra doença, a febre amarela, que despertou a preocupação em relação à proliferação do vetor.  Nos anos 50 o Brasil erradicou o Aedes aegypti como forma de controle da febre amarela.
Aproximadamente 10 anos mais tarde, após o relaxamento das medidas de controle, o mosquito surgiu novamente em território brasileiro.
Além da dengue, o Aedes aegypti transmite zika, chikungunya e a febre amarela urbana. A transmissão das doenças se dá pela picada do mosquito fêmea infectado.
Entre as possíveis causas para o crescimento da população do mosquito estão a variedade e a quantidade de recipientes que acumulam água. “Anos atrás não tínhamos tantas embalagens plásticas, então era mais simples eliminar possíveis criadouros do mosquito. Os espaços que represavam água eram, em sua maioria, troncos de árvores, pedras e plantas”, complementa a coordenadora.
“Hoje, 90% dos criadouros estão nos quintais e ambientes internos, em garrafas, lixeiras, caixa d´água e ralos destampados, vasilhas para água de animais, vasos de plantas, coletores de água da geladeira e do ar condicionado, entre outros”, disse Ivana.

Foto e informações da Agência Estadual de Notícias