A veterinária da Vigilância em Saúde do município Caroline Marie Sundin de Paula participou do Noticiário P7 desta quarta-feira (12) para explicar sobre o castramóvel. A profissional explicou que serviço para castração deve funcionar após a pandemia. “Recebemos o veículo no mês de maio e estamos finalizando o último detalhe para coloca-lo em operação. Devido a crise da Covid-19 está havendo uma falta generalizada de anestésicos no mercado. Os mesmos anestésicos que vamos usar para anestesiar os animais, são anestésicos usados para entubar pacientes com Covid, então no momento estamos tendo dificuldades para comprar. Esperamos que com o fim da pandemia consigamos colocar ele em operação. Mas nós já estamos começando a fazer os cadastros dos interessados”, disse ela.
Caroline também falou sobre os critérios nos quais os tutores de animais devem se encaixar. “Pessoas de baixa renda que recebam algum auxílio do governo, acumuladores de animais, isto é, pessoas que tenham um grande número de animais, por exemplo, em dar conta, dar ração, além de protetores de animais e ONGs cadastradas, além de animais de ruas”, contou a veterinária.
Durante a entrevista ela também falou que através de um censo realizado no ano passado foi possível elaborar uma estimativa de quantas castrações devem ser realizadas durante a semana.  “No ano passado nós fizemos o censo de cães e gatos em que identificamos cães e gatos tem na área urbana de Palmeira. A partir deste censo nós estabelecemos que serão realizadas quatro castrações por semana. Se será fêmea ou macho vai depender da demanda.  Nós verificamos que existe mais demanda de castração de fêmea do que machos, então será de acordo com o que for necessário”, contou.
De acordo com a profissional, inicialmente a proposta é que o veículo fique localizado no estacionamento do hospital Santa Casa.  “Inicialmente vamos começar pela área urbana e se for necessário deslocaremos para os bairros, mas no momento ele está no estacionamento da Santa Casa e devido também a questão da Covid, de aglomeração, realizaremos as castrações neste local”, adiantou.
Ela também relatou que após o fim da pandemia, o objetivo é utilizar o castramóvel também para ações de conscientização.  “Quando passar a pandemia nosso plano é além de levar nos locais que nós possamos montar eventos de Educação Ambiental com o castramóvel. Levemos nas escolas para as crianças verem, além de conscientizar sobre guarda responsável, que não pode deixar o animal ir para rua, que tem que dar vacina e levar no veterinário sempre que estiver doente”, explicou Caroline.
A importância deste procedimento para os animais e para toda sociedade foi destacada pela profissional.  A castração aumenta a longevidade principalmente do gato, porque evita que ele saia para buscar a fêmea no cio, reduz a população de animais, evita certas doenças como câncer de mama, piometra, câncer de próstata nos animais e também reduz problemas como   agressividade, marcação de território”, pontou ela.
Em caso de dúvidas e mais informações sobre o castramóvel, as pessoas podem entrar em contato com a Vigilância em Saúde através do 3909-5096.

Foto e texto: Bruna Camargo